Pergunta:
Estou fazendo uma logomarca de um novo empreendimento na minha cidade. O nome que o proprietário quer utilizar é Bodega’s Cariri. O uso do apóstrofo, nesse caso, é correto?
Resposta:
Esse apóstrofo, indicador de propriedade, posse, não existe na Língua Portuguesa, apenas na Inglesa.
Veja as regras da Língua Portuguesa:
1) Usa-se o apóstrofo, facultativamente, para indicar contração ou aglutinação entre uma preposição e um elemento, quando este pertencer propriamente a um conjunto vocabular distinto:
– A leitura d’Os Lusíadas e d’Os Sertões leva a reflexões profundas.
– N’Os Lusíadas encontra-se a história da navegação de Vasco da Gama ao Oriente.
– Troquei Crime e Castigo pel’Os Sertões.
Pode-se também escrever sem o apóstrofo, com a preposição íntegra:
A leitura de Os Lusíadas e de Os Sertões leva a reflexões profundas.
Em Os Lusíadas encontra-se a história da navegação de Vasco da Gama ao Oriente.
Troquei Crime e Castigo por Os Sertões.
Em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos não há o uso do apóstrofo:
A importância atribuída a A Relíquia é exagerada.
Quando me refiro a O Estado de S. Paulo falo do jornal, não do Estado propriamente dito.
A leitura, porém, deve ser feita como se houvesse a combinação gráfica: à, ao.
Em combinações com a preposição a não há o uso do apóstrofo:
Rezemos a Aquela que nos protege.
Obedeçamos a Aquele que nos deu a vida.
A leitura, porém, deve ser feita como se houvesse a combinação gráfica: àquele, àquela.
Pode-se escrever também sem o apóstrofo: Santa Ana, Santo Tiago.
Se tais ligações se tornarem perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba, ilha de Santiago