Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema.
Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos:
1) Dígrafos consonantais: rr, ss, sc, sç, xc, xs, ch, lh, nh, qu, gu.
Representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo.
Os encontros qu e gu só serão dígrafos quando estiverem seguidos de e ou i, sem que o u seja pronunciado.
Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs são separados silabicamente; lh, nh, ch, qu e gu, não.
arroz = ar-roz – aRos;
assar = as-sar – aSar;
nascer = nas-cer – naSer;
desço = des-ço – deSo;
exceção = ex-ce-ção – eSesãw;
exsudar = ex-su-dar – eSudar;
alho = a-lho – aLo;
banho = ba-nho – baÑo;
cacho = ca-cho – kaXo;
querida = que-ri-da – Kerida;
Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma representando um fonema. Por exemplo, na palavra asco, o encontro sc não forma dígrafo, já que ambas as letras são pronunciadas. Já em nascer, há um dígrafo, pois sc tem um som só: s.
2) Dígrafo Vocálico= É o encontro de uma vogal com m ou n, na mesma sílaba: am, an, em, en, im, in, om, on, um, un. A única função do m e do n é indicar que a vogal é nasal. Não representam, portanto, outro som. Há, então, um dígrafo, pois existem duas letras com um som só. Por exemplo: santo = san-to – sãto.
Não se esqueça de que, quando a palavra terminar em am, em e en o m e o n são semivogais. Não há, portanto, dígrafo nesses encontros, já que o m e o n são pronunciados. Por exemplo: decoram = dekorãw