Introdução à Fonética – Gramática On-line

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Sílabas tônica, subtônica e átonas.
19 de novembro de 2018
Semivogais
19 de novembro de 2018

Introdução à Fonética

A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano para efetivar a comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com as letras – vogais e consoantes -, a Fonética se ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais.

 

Letra: Cada um dos sinais gráficos elementares com que se representam os vocábulos na língua escrita.

Fonema: Unidade mínima distintiva no sistema sonoro de uma língua.

 

Há uma relação entre a letra na língua escrita e o fonema na língua oral, mas não há uma correspondência rigorosa entre eles. Por exemplo, o fonema /s/ pode ser representado pelas seguintes letras ou encontro delas:

 

– c (antes de e e de i): certo, paciência, acenar.

– ç (antes de a, de o e de u): caçar, açucena, açougue.

– s: salsicha, semântica, sobrar.

– ss: passar, assassinato, essencial.

– sc: nascer, oscilar, piscina.

– sç: nasço, desço, cresça.

– xc: exceção, excesso, excelente.

– xs: exsudar, exsicar, exsolver.

– x: máximo.

 

Os sons da fala resultam quase todos da ação de certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões. Para a sua produção, três condições são necessárias:

1. A corrente de ar;

2. Um obstáculo para a corrente de ar;

3. Uma caixa de ressonância.

 

A caixa de ressonância é formada pelos seguintes elementos:

– Faringe;

– Boca (ou cavidade bucal): os lábios, os maxilares, os dentes, as bochechas e a língua;

– Fossas nasais (ou cavidade nasal).

 

Aparelho Fonador: É formado pelos seguintes elementos:

– Órgãos respiratórios: Pulmões, brônquios e traqueia;

– Laringe (onde estão as pregas vocais – nome atual das “cordas vocais”);

– Cavidades supralaríngeas: faringe, boca e fossas nasais.

 

O ar chega à laringe e encontra as pregas vocais, que podem estar retesadas ou relaxadas.

 

As pregas vocais, quando retesadas, vibram, produzindo fonemas sonoros.

As pregas vocais, quando relaxadas, não vibram, produzindo fonemas surdos.

 

Por exemplo, pense apenas no som produzido pela letra s de sapo. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos no pescoço, proximamente à garganta. Você observará que as pregas vocais não vibram com a produção do som ssssssssss. O fonema s (e não a letra s de sapo) é, portanto, surdo.

 

Faça o mesmo, agora, pensando apenas no som produzido pela letra s de casa. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos colocando os dedos no pescoço, proximamente à garganta. Você observará que as pregas vocais vibram, com a produção do som zzzzzzzzzzzzzz. O fonema z (e não a letra s de casa) é, portanto, sonoro.

 

Ao sair da laringe, a corrente de ar entra na cavidade faríngea, onde há uma encruzilhada: a cavidade bucal e a nasal. O véu palatino é que obstrui ou não a entrada do ar na cavidade nasal.

 

Por exemplo, pense apenas no som produzido pela letra m de mão. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos nas narinas sem impedir a saída do ar. Você observará que o ar sai pelas narinas, com a produção do som mmmmmmm. O fonema m (e não a letra m de mão) é, portanto, nasal.

 

Se, ao produzir o som mmmmmmmm, tapar suas narinas, você observará que as bochechas se encherão de ar. Se, logo após, produzir o som aaaa, observará também que houve a produção dos sons baaaa. Isso prova que as consoantes m e b são muito parecidas. A diferença ocorre apenas na saída do ar: m, pelas cavidades bucal e nasal (fonema nasal); b somente pela cavidade bucal (fonema oral).

 

Há também semelhança entre as consoantes p e b: a única diferença entre elas é que b é sonora, e p, surda. Isso explica o porquê de se usar m antes de p e de b.


Vogais