Adjunto Adnominal
É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função sintática. Os adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente percebido, quando se substitui um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais desaparecem.
– As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam os turistas estrangeiros extasiados.
Analisando sintaticamente a oração:
– Verbo deixar: Verbo Transitivo direto, pois quem deixa, deixa alguém.
– Sujeito: quem é que deixa os turistas extasiados? Resposta: As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro;
– Núcleo do sujeito: paisagens. Então o sujeito é simples.
Se substituirmos o núcleo do sujeito por um pronome, ocorrerá o seguinte:
– Elas deixam os turistas estrangeiros extasiados.
Portanto as, esplendorosas e do litoral brasileiro funcionam como adjunto adnominal.
– Objeto Direto: As paisagens deixam quem? Resposta: os turistas estrangeiros;
– Núcleo do objeto direto: turistas.
Se substituirmos o núcleo do objeto direto por um pronome, ocorrerá o seguinte:
– Elas deixam-nos extasiados.
Portanto os e estrangeiros funcionam como adjunto adnominal.
Observe que o termo extasiados não desapareceu na substituição do substantivo por um pronome. Então ela não é adjunto adnominal, e sim predicativo do objeto, pois qualifica o núcleo do objeto direto turistas.
Outras maneiras de se comprovar a existência do adjunto adnominal:
01) Toda palavra que surgir antes do núcleo, dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal.
– Quase todos os brasileiros já se decepcionaram com o governo.
Quase todos os funcionam como aa, pois surgem antes do núcleo brasileiros e está dentro da função sintática, pois “Quem se decepcionou?” Resposta: “Quase todos os brasileiros”.
02) Toda palavra sem preposição que surgir após o núcleo, dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal.
– Os cidadãos londrinenses revoltaram-se contra o empresário.
Londrinenses funciona como aa, pois não há preposição, surge após o núcleo cidadãos e está dentro da função sintática, pois “Quem se revoltou?” Resposta: “Os cidadãos londrinenses”.
03) Toda palavra com ou sem preposição que surgir após o núcleo, dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal, desde que o núcleo seja um substantivo concreto.
– Os anéis de ouro foram roubados.
O termo de ouro funciona como aa, pois anéis, que é o núcleo do sujeito, é substantivo concreto, e de ouro está após ele: “Que foi roubado?” Resposta: “Os anéis de ouro”.
04) Toda palavra com a preposição de posterior ao núcleo de qualquer função sintática que indicar posse (algo de alguém) funciona como adjunto adnominal.
– Os anéis do rei foram roubados.
O termo do rei funciona como aa, pois indica posse: Algo de alguém = Os anéis do rei.
05) Toda palavra com a preposição de posterior ao núcleo de qualquer função sintática que praticar a ação contida no núcleo funciona como adjunto adnominal.
– A resposta do aluno foi considerada certa.
O termo do aluno funciona como aa, pois há a preposição de posterior ao núcleo do sujeito – resposta –, e o aluno pratica a ação de responder.
06) O pronome relativo cujo sempre funciona como adjunto adnominal.
07) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos e lhes funcionam como adjunto adnominal, quando tiverem valor possessivo, ou seja, quando puderem ser substituídos por meu(s), teu(s), seu(s), nosso(s), vosso(s), minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s).
– A mãe ajeitou-lhe o vestido.
– A mãe ajeitou o seu vestido.
– A mãe ajeitou a vestido dela.
08) Quando o adjunto adnominal for representado por uma oração, receberá o nome de oração subordinada adjetiva restritiva.
– Os alunos que não estudam enfrentam dificuldades no futuro.
– Sujeito: Quem enfrenta dificuldades? Resposta: Os alunos que não estudam.
– Núcleo do sujeito: alunos. A oração que não estudam é oração que funciona como aa. É, então, oração subordinada adjetiva restritiva.
Complemento Nominal
É o termo da oração que completa a significação de um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato), por intermédio de uma preposição.
Funcionarão como complemento nominal:
01) Toda palavra com preposição, dentro da função sintática, paciente ou destinatário da ação contida no núcleo.
– A construção do prédio foi considerada um erro.
O termo do prédio funciona como CN, pois o prédio é elemento paciente em relação à ação de construir (Alguém construiu o prédio).
– Temos confiança em nossos amigos.
O termo em nossos amigos funciona como CN, pois é elemento destinatário em relação à ação de confiar (Nós confiamos em nossos amigos).
02) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos e lhes funcionarão como complemento nominal, quando possuírem valor de a alguém, não provindo a preposição de verbo. A preposição, porém, desaparece.
– Tenho-lhe respeito.
O pronome lhe funciona como CN, pois Tenho respeito a alguém, sendo que a prep. a não provém do verbo ter, e sim do substantivo respeito.
03) Quando o complemento nominal for representado por uma oração, recebe o nome de oração subordinada substantiva completiva nominal.
– Temos confiança em que conseguiremos nosso intento.
A oração que conseguiremos nosso intento é oração subordinada substantiva completiva nominal, pois a preposição em não provém do verbo, mas sim do substantivo confiança.