A Reforma Ortográfica incluiu três letras no alfabeto da Língua Portuguesa: k, w, y.
Não significa, porém, que elas possam ser usadas a bel-prazer. As regras para o uso delas permanecem as mesmas de antes da Reforma. São as seguintes:
Usam-se as letras k, w, y nestes casos:
1- Nomes próprios estrangeiros e seus derivados:
2- Símbolos, abreviaturas, siglas e palavras adotadas como unidades de medida internacionais:
3- Palavras estrangeiras incorporadas à Língua Portuguesa:
Não se permitiu, com a incorporação dessas letras no alfabeto, o uso em substantivos comuns, ou seja, não podem ser criadas novas palavras com elas, exceto em nomes próprios de pessoas, de empresas, de lugares. O mesmo acontece com as sequências consonantais estranhas à Língua Portuguesa, ou seja, não se podem criar nomes comuns, mas nomes próprios, sim:
Portanto, o nome daquela fruta ovoide, com pelos e tomento marrons, de tom claro ou dourado, e polpa verde ou amarela, com pequenas sementes pretas, não é kiwi, e sim quiuí.
E o nome doutra fruta, cultivar* da tangerina, de fruto grande, casca frouxa e polpa doce, originária do Japão, não pode ser ponkan, pois as palavras terminadas em “a” nasal com a última sílaba tônica são escritas com “ã”, não com “an” nem com “am”:
O adequado, portanto, é poncã.