A Reforma Ortográfica estabeleceu mudanças de acentuação em diversas palavras, o que dificultou a quem já estudara a Língua Portuguesa, pois um novo estudo há de ser realizado. Aos jovenzinhos, porém, o estudo passou a ser mais fácil – em alguns aspectos ao menos. Observe:
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Antes da Reforma Ortográfica, estudava-se que as palavras terminadas em –EM e em –ENS eram acentuadas quando oxítonas – amém, parabéns -, não acentuadas quando paroxítonas – item, jovens – e obviamente acentuadas quando proparoxítonas – espécimens. Havia a necessidade de se memorizarem também as exceções, como as formas verbais de crer, dar, ler e ver terminadas em –EEM, que eram acentuadas.
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O mesmo ocorria com as palavras terminadas em O: acentuavam-se as oxítonas – cipó, platô – e as proparoxítonas – ótimo, platônico -, mas não as paroxítonas – carro, sapato. As exceções eram as palavras terminadas em OO, que eram acentuadas.
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Com a Reforma, não há mais necessidade de se memorizarem as exceções, pois passaram a fazer parte da regra:
As formas verbais terminadas em EEM são paroxítonas, então não devem ser acentuadas: eles creem, que eles deem, eles leem, eles veem.
As palavras terminadas em OO são paroxítonas, então também não devem ser acentuadas: voo, coo, enjoo, magoo.