A palavra que pode ser, entre outras coisas, pronome relativo e conjunção integrante. Vejamos como estabelecer a diferença entre essas duas classes:
O pronome relativo inicia oração subordinada adjetiva, e a conjunção integrante, oração subordinada substantiva.
O pronome relativo sempre estará entre um verbo e um substantivo – ou palavra substantivada – que mantêm relação sintática entre si. O verbo fica depois do pronome relativo, e o substantivo, antes.
Com a conjunção integrante não ocorre essa relação entre o verbo posterior e o substantivo anterior, e sim ela inicia uma oração que exerce uma dentre seis funções sintáticas concernentemente à oração principal: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo ou aposto. Observemos as seguintes frases:
Nessa frase, há uma oração iniciada pela palavra que: que os jovens leem. O verbo posterior ao que – ler – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele – os livros: os jovens leem os livros. O que é, portanto, pronome relativo, e a oração que os jovens leem é subordinada adjetiva.
Os livros, que sempre trazem algo de sabedoria, deveriam ser mais manuseados pelos jovens.
Não há substantivo anterior ao que. Ele, portanto, não é pronome relativo. Analisemos, então, o período:
Que é que é preciso?
Resposta: que os livros eduquem e divirtam – oração que funciona como sujeito: oração subordinada substantiva subjetiva. O que é, então, conjunção integrante.