Pronome relativo x Conjunção integrante – Gramática On-line

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Pronome relativo x Conjunção integrante

A palavra que pode ser, entre outras coisas, pronome relativo e conjunção integrante. Vejamos como estabelecer a diferença entre essas duas classes: 

O pronome relativo inicia oração subordinada adjetiva, e a conjunção integrante, oração subordinada substantiva. 

O pronome relativo sempre estará entre um verbo e um substantivo – ou palavra substantivada – que mantêm relação sintática entre si. O verbo fica depois do pronome relativo, e o substantivo, antes. 

Com a conjunção integrante não ocorre essa relação entre o verbo posterior e o substantivo anterior, e sim ela inicia uma oração que exerce uma dentre seis funções sintáticas concernentemente à oração principal: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo ou aposto. Observemos as seguintes frases:

Os livros que os jovens leem moldam seu modo de pensar. 

Nessa frase, há uma oração iniciada pela palavra queque os jovens leem. O verbo posterior ao que – ler – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele – os livros: os jovens leem os livros. O que é, portanto, pronome relativo, e a oração que os jovens leem é subordinada adjetiva. 

Os livros, que sempre trazem algo de sabedoria, deveriam ser mais manuseados pelos jovens.

Nessa frase, há uma oração iniciada pela palavra queque sempre trazem algo de sabedoria. O verbo posterior ao que – trazer – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele –os livrosos livros sempre trazem algo de sabedoria. O que é, portanto, pronome relativo, e a oração que sempre trazem algo de sabedoria é subordinada adjetiva.
Observe, porém, que, no primeiro período, a oração adjetiva não está isolada por vírgula(s) e que, no segundo, está. Por quê?
Se a oração subordinada adjetiva indicar que todos os elementos representados pelo substantivo praticam ou sofrem a ação ou possuem a qualidade, ela será chamada de oração subordinada adjetiva explicativa e será isolada por vírgula(s). É o que acontece no segundo período: todos os livros deveriam ser mais manuseados pelos jovens; todos os livros sempre trazem algo de sabedoria.
Se, porém, a oração subordinada adjetiva indicar que há referência a, ao menos, dois tipos de elementos e que somente o representado pela oração pratica ou sofre a ação ou possui a qualidade, ela será chamada de oração subordinada adjetiva restritiva e não será isolada por vírgula(s). É o que acontece no primeiro período: somente os livros que os jovens leem moldam seu modo de pensar.
A conjunção integrante, como vimos acima, não estabelece a relação entre o verbo posterior e o substantivo anterior. Veja estes exemplos:
Sabemos que os livros educam e divertem.
Observe que não há substantivo anterior ao que. Ele, portanto, não é pronome relativo. Analisemos, então, o período:
Quem é que sabe?
Resposta: nós – sujeito do verbo saber;
Tipo de verbo: Quem sabe, sabe algo – Verbo transitivo direto
Nós sabemos o quê?
Resposta: que os livros educam e divertem – oração que funciona como objeto direto: oração subordinada substantiva objetiva direta. O que é, então, conjunção integrante.
É preciso que os livros eduquem e divirtam. 

Não há substantivo anterior ao que. Ele, portanto, não é pronome relativo. Analisemos, então, o período:

Que é que é preciso?

Resposta: que os livros eduquem e divirtam – oração que funciona como sujeito: oração subordinada substantiva subjetiva. O que é, então, conjunção integrante.